Não é só o fato de habitar sob os braços do Cristo Redentor. É ter sido o estádio das Laranjeiras, em 1931, palco da missa campal por ocasião da inauguração da gigantesca estátua que habita o alto do Corcovado. Aliás, a relação com o sagrado está tatuada na história tricolor, sendo a aliança com o Papa João Paulo II uma das mais intensas e vitoriosas manifestações.
A história do Rio de Janeiro se mistura com a do Fluminense a partir do início do Século XX. É a partir da iniciativa de Oscar Cox, fundador do Maior Clube do Brasil, que o Rio começa a ganhar um de seus principais traços culturais: o futebol. Falando em traços culturais, outra manifestação de peso da cultura carioca, as escolas de samba, que mexem com a paixão do povo, tem em sua gênese dois ilustres personagens tricolores: Paulo Benjamin de Oliveira e Cartola. São ninguém menos que os fundadores de Portela e Mangueira, as duas escolas de samba mais vitoriosas do carnaval carioca.
Na homenagem aos 450 anos do Rio de Janeiro, neste 1 de março de 2015, o Fluminense recorreu ao velho ufanismo e lembrou, na condição de "clube mais carioca do Rio", de episódios como terem sido Didi e Fred os autores do primeiro gol do velho e do novo Maracanã. Foi lembrado também que o estádio das Laranjeiras foi o primeiro da cidade e do país, que o tricolor Tom Jobim é o autor da famosa "Garota de Ipanema", entre tantas outras canções famosas a "mais carioca das cançoes". Até mesmo a expressão "Cidade Maravilhosa" foi criada por um célebre tricolor, o escritor Coelho Neto, pai de ninguém menos que Preguinho, o maior atleta da história do Rio de Janeiro.
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